Roberta Stopa largou forte para completar a volta única no circuito de 900 m no Bike Park São Silvano, situado em Morungaba, interior paulista. A classificação para o grid de largada do Shimano Short Track, prova realizada em 26 de julho último, foi feita no formato CRI, ou contra-relógio individual, em que o tempo de cada atleta nessa volta define sua posição. Porém, a volta de Stopa não valeu: a cronometragem ainda não estava preparada para a largada e o sensor dos chips não computou seu tempo, sendo necessária nova tomada. Ainda assim ela procurou fazer do limão uma limonada: “Mesmo com a musculatura cansada pelo esforço da primeira volta fixei a idéia de que foi uma oportunidade de rodar no circuito de novo, e o legal é que tenho grande identificação: esses sobem e descem curtos e rápidos são deliciosos. Aqui dá pra minar...”
Tempos tomados, ela se alinhou em segundo lugar entre dez participantes da super-final na categoria elite feminina. A vencedora seria apontada após 20min de prova e mais uma volta.
Roberta Stopa se sentiu à vontade para “saborear” o circuito enlameado pela forte chuva dos dias anteriores. A organização informou que uma de suas adversárias havia queimado a largada e sofreria a penalização de 30 segundos, acrescidos ao tempo final.
Stopa comentou a penalização e seu comportamento na corrida: “É importante que a organização tenha apontado essa queima. Qualquer atleta deve ser penalizado quando fere alguma regra. Particularmente me senti favorecida com isso, afinal, minha principal adversária teria que abrir uma diferença de 30 segundos à minha frente. Assim que completamos a primeira das 7 voltas realizadas, o locutor anunciou a penalização da atleta, dessa forma, administrei a prova como se estivesse em primeiro lugar, em alguns momentos aumentei o ritmo para não me distanciar. Consegui poupar a força, afinal na parte da manhã eu havia “torcido os cabos” por duas vezes [referindo-se à intensidade das duas voltas do CRI]. Considero pouco significativa a diferença final de menos de quatro segundos em favor da atleta adversária, pois andamos juntas durante a prova e eu trabalhei meu psicológico na grande possibilidade de vencer, só precisei marcá-la. A certeza se deu com a bandeirada final. Que prova maravilhosa! Esse formato aproxima-se das sugestões da UCI (União Ciclística Internacional): reduzir o tempo de prova e explorar a força e técnica do atleta.”
Roberta Stopa segue de São Paulo para a Copa ALE Inconfidentes em Ouro Preto/MG, marcando presença na prova válida pelo Ranking Brasileiro de Cross-country a realizar-se dia 2 de agosto, próximo domingo.
Texto: Maria Elisa Duarte
Revisão: Humberto Guerra
Foto: Fabio Piva/PPPress (Shimano Short Track)
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